Fotografia com instrumento de autoconhecimento
Ensaio Feminino
Olhar para si mesma através do olhar do outro é uma experiência muito forte. É uma experiência que transforma a visão da mulher sobre si mesma.
Quando nos colocamos diante de um espelho, nosso olhar busca rapidamente o que desejamos ver, sejam partes que gostamos ou que não gostamos em nós (isso depende se o copo está meio cheio ou meio vazio pra você).
Só que quando nos permitimos ser fotografadas por outra pessoa, não há nenhum controle sobre a forma de olhar: é a lente do outro que prevalece.
Portanto, se permitir ser fotografada é um processo de autoaceitação. É colocar o seu corpo à disposição de um novo olhar em uma conversa artística, muitas vezes, sem palavras, para se enxergar de uma forma completamente diferente.
Essa experiência, eu sei, é uma ação desafiadora: nos conduz a soltarmos nossos medos, nos entregarmos e confiarmos no outro para que aconteça de forma natural.
Os 3 momentos do processo de ser fotografada
Em minha vivência com a fotografia (como fotógrafa ou fotografada), vejo que ocorre uma transmutação na mulher no processo, que vai sendo construído em 3 momentos:
O primeiro momento é o início da sessão, quando entramos bem tímidas na “cena” fotográfica.
O segundo é quando vamos “matutando” nossos conflitos internos relacionados ao corpo, ao que estamos vivendo naquele instante (“o que eu faço agora?”) e ao nosso ser.
Já me fotografaram 3 vezes, em momentos diferentes da vida. E sei bem que passam muitas coisas dentro de nós nesse momento em que estamos sendo fotografadas… Repensamos preconceitos que temos por nós mesmas, questões com nosso corpo, enxergamos melhor nossas amarras. Ser fotografada nos coloca frente a frente com as cobranças que temos conosco, e a não aceitação de quem somos, em tantas esferas (muitas até mesmo desconhecidas em nosso consciente).
Só que é exatamente aí, nesse desafio e necessidade de transmutação, que acontece o grande barato da fotografia como ferramenta poderosa para fortalecimento da autoestima!
Este é o terceiro momento. É quando acontece a entrega. As amarras vão afrouxando, fluindo e a magia acontece: nos empoderamos de sermos quem somos e da força que existe nisso! Não é a toa que na maioria dos ensaios femininos sempre cai uma lágrima. (Muitas vezes precisamos da força das águas para deixar fluir).
Costumo dizer que entra uma mulher no ensaio, e sai outra: uma mulher mais empoderada e segura de si, da sua potência. Isso é fruto de um reencontro da mulher com o seu o íntimo.
Através da fotografia: acontece um diálogo profundo durante a sessão, entre a essência da mulher fotografada e a minha, através dessas sutilezas que unem a todas nós enquanto mulheres.
O resultado disso? Saímos fortalecidas. A modelo e eu. E, deixamos registrado em imagens para sempre esse momento de acesso ao próprio poder. O poder que reside em uma mulher quando ela entende algo tão simples, quanto necessário: que ela pode, sim, se amar por ser quem é.
Conta pra mim, você já foi fotografada por um profissional ? Como foi essa experiência? Gostaria de ser fotografada novamente ou pela primeira vez ?
Vamos pensar juntas em um ensaio especial para a sua vivência? Me responda nos comentários ou mande uma mensagem privada para mim.